ESCRITORES
DA LIBERDADE
O filme "Escritores da
Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma comovente e
instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e
violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin (interpretada por
Hilary Swank), que entra como novata em uma instituição de "ensino
médio", a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de
adolescentes considerados "turbulentos", inclusive envolvidos com
gangues.
Ao perceber os grandes problemas
enfrentados por tais estudantes, a professora Erin resolve adotar novos métodos
de ensino, ainda que sem a concordância da diretora do colégio. Para isso, a
educadora entregou aos seus alunos um caderno para que escrevessem,
diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos
até problemas familiares. Ademais, a professora indicou a leitura de diferentes
obras sobre episódios cruciais da humanidade, como o célebre livro "O
Diário de Anne Frank", com o objetivo de que os alunos percebessem a
necessidade de tolerância mútua, sem a qual muitas barbáries ocorreram e ainda
podem se perpetrar.
Com o passar do tempo, os alunos
vão se engajando em seus escritos nos diários e, trocando experiências de vida,
passam a conviver de forma mais tolerante, superando entraves em suas próprias
rotinas. Assim, eles reuniram seus diários em um livro, que foi publicado nos
Estados Unidos em 1999, após uma série de dificuldades. É claro que projetos
inovadores como esse, em se tratando de estabelecimentos de ensino com poucos
recursos, enfrentam diversos obstáculos, desde a burocracia até a resistência
aos novos paradigmas pedagógicos. Em países como o Brasil, então, as
dificuldades são imensas, mas superáveis, se houver engajamento e esforços
próprios.
Nesse sentido, o filme
"Escritores da Liberdade" merece ser visto como apreço, sobretudo
pela sua ênfase no papel da educação como mecanismo de transformações
individuais e comunitárias. Com essas considerações, vê-se que a educação, como
já ressaltaram grandes educadores da estirpe de Paulo Freire, tem um papel
indispensável no implemento de novas realidades sociais, a partir da
conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua
própria vida e, principalmente, em sua comunidade.
CONRACK
Na pequena ilha de Amacraw, situada na Carolina do Sul (EUA), próximo da cidade de Beaufort, vive uma comunidade constituída por negros, praticamente isolada do mundo. A história acontece em março de 1969, com a chegada do novo professor à escola local. O professor Pat Conroy é recebido de modo pouco amistoso pela diretora, senhora Scott. As palavras iniciais dela traduzem uma visão conformista e ao mesmo tempo autoritária de uma negra que, compactuando com o regime racista oficial, quer somente garantir a sua posição conseguida a duras penas. Ela é uma personagem marcante que chama o professor pelo nome de "Patroy", o que causa um sentimento de ridículo e ao mesmo tempo absurdo perante as crianças.
Logo na primeira aula o professor percebe a falta de repertório das crianças, não somente em relação ao conhecimento escolar como também com relação à vida em geral. Conrack (esse é o nome que as crianças adotam para o professor, pois não sabem pronunciar a última sílaba do nome irlandês!) apresenta esse problema para a diretora Scott, que responde de forma incisiva: "Crianças negras são lentas, elas só entendem o chicote e… querem o chicote!" A resposta de Conrack é emblemática de sua atitude libertária: "Acabou a escravidão e eu prefiro ir para o inferno a virar o feitor destas crianças”.
Aos poucos, Conrack vai conquistando a confiança das crianças e também da comunidade, provando que é possível resgatar a auto-estima de pessoas que se vêem de forma tão negativa.
A água realmente é ameaçadora, ninguém na comunidade pode enfrentá-la. Conrack muda as coisas, ensinando os alunos a nadar, e paga o preço por sua ousadia.
Esse filme retrata um instante dramático de mudanças sociais nos EUA no final dos anos 60, com a Guerra do Vietnã e a luta pelos direitos civis das minorias negras.
Fonte
Fonte: Blog - O poder das palavras - Educador – Brasil Escola. - Filmes online
NARRADORES DE JAVÉ
O
filme retrata a história de um povoado chamado Javé, que está prestes a
desaparecer devido a chegada de uma barragem no local. O filme narra a história
de um povo sofrido que luta de todas as formas para evitar que esta tragédia
aconteça em suas vidas.
Para
isso contam com a única esperança que lhe restam, que é a Criação de um documento
oficial que conte a história do povoado e dos moradores do local, para que com
isso o lugar seja tombado como patrimônio e não possa ser destruído. Resolvem
escrever um livro cientifico.
Porém
tinham pela frente um grande problema, todos no lugar eram analfabetos.
Mas
como em todas as situações trágicas sempre aparece algo que parece ajudar, mas
que no fim só prejudica. E foi o que aconteceu com aquele povo crédulo, que não
sabiam escrever, confiaram suas histórias a um morador do lugar que tinha
trabalhado nos correios, o único que sabia escrever no povoado, mas que não era
bem visto pelo povo.
É a triste história de um povo sem cultura
perante a única pessoa letrada do lugar, que se chamava Antonio Biá, que se viu
perante uma infinidade de fatos surreais, e da necessidade de escrever algo que
salvasse aquele povo. O mesmo se vê incapaz de criar algo de tamanha
responsabilidade e que convença as autoridades, e acaba traindo o povo da
cidade , devolvendo o livro em branco.
Porém,
todo este trabalho do povo de ficar contando suas histórias que nunca foram
escritas, foram em vão, pois a modernidade chegou assim mesmo e o mar levou o
sertão embora. E as pessoas do povoado que teimaram em ficar no local até o
derradeiro desfecho, assistiu aos prantos a sua destruição. A destruição de
suas memórias, sua cultura e de seus antepassados.
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