Antigamente
as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham
que usar mais a criatividade para criá-los.
Usavam
tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de
brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda,
passa anel, roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se
divertiram por décadas e décadas.
Com os
avanços da modernidade, a tecnologia trouxe brinquedos que não exigem a
criatividade das crianças, pois elas já encontram tudo pronto.
Uma boa
sugestão para comemorar o dia das crianças é a família fazer um levantamento
das brincadeiras do tempo de seus pais e de seus avós, aproveitando para se
distraírem com seus filhos, ensinando-os outras formas de diversão e as
possibilidades de se criar jogos e brincadeiras. O mais importante disso?
Ensiná-los que para brincar não precisamos gastar.
Assim,
apresentamos aqui algumas sugestões de jogos e brincadeiras antigas.
- Cinco
Marias: essa brincadeira constitui em, primeiramente, procurar cinco pedrinhas
que tenham tamanho aproximado ou confeccionar saquinhos e recheá-los com arroz
ou areia. Primeira rodada: jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas
(normalmente se tira a pedrinha que está mais próxima de outra). Depois, com a
mesma mão, jogue-a para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça a
mesma coisa até pegar todas as pedrinhas. Segunda rodada: jogue as cinco
pedrinhas no chão, depois tire uma e jogue-a para o alto, porém, desta vez,
pegue duas pedrinhas de uma vez, mais a que foi jogada para o alto. Repita.
Terceira rodada: cinco pedrinhas no chão, tira-se uma e joga-se para o alto
pegando desta vez três pedrinhas e depois a que foi jogada. Última rodada:
joga-se a pedrinha para o alto e pega-se todas as que ficaram no chão.
- Roda: em roda, cantem canções
antigas e façam os gestos e representações delas. Lembramos de algumas músicas
como atirei o pau no gato, ciranda-cirandinha, a linda rosa juvenil, a galinha
do vizinho, a canoa virou, eu entrei na roda, cachorrinho está latindo, o meu
chapéu tem três pontas, pai Francisco, pirulito que bate bate, samba lelê, se
esta rua fosse minha, serra serra serrador, etc.
- Escravos de Jó: dois
participantes cantam a música “escravos de jó, jogavam caxangá, tira, põe,
deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá”. Cada um com uma
pedrinha na mão vai trocando-as e fazendo o que diz a música.
- Amarelinha: risca-se a
amarelinha no chão, de 1 a 10, fazendo no último número um arco para
representar o céu. Pula-se com um pé só, dentro de cada quadrado.
- Pião: um pião de madeira
enrolado num barbante. Puxa-se a ponta do barbante e este sai rodopiando. A
grande diversão é observar o pião rodando.
- Passar anel: os participantes
ficam com as mãos juntas e um deles com um anel escondido. A pessoa que está
com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros participantes até
escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros
percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?”
e a pessoa escolhida deve acertar.
- Pula corda: duas pessoas batem
a corda e outra pula. Durante a execução da brincadeira os batedores vão
cantando “um dia um homem bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora,
põe a mão no chão; senhora, senhora, pule de um pé só; senhora, senhora, dê uma
rodadinha e vá pro meio da rua”. Ao final, o pulador deve sair da corda sem
errar.
- Bolinha
de gude: essa brincadeira tem várias formas de se jogar, como box, triângulo,
barca e jogo do papão, onde os participantes devem percorrer determinados
caminhos, batendo uma bolinha na outra e, ao final, acertar as caçapas.
-
Empinando pipa: escolha um local adequado e amplo, onde não tenha fios de
energia elétrica. A pipa vai subindo com o vento e os participantes ficam
observando-a ao longe. Algumas pessoas usam cerol, uma mistura de cola com caco
de vidro, para cortar os fios das outras pipas. Porém, a brincadeira dessa
forma torna-se perigosa, podendo causar acidentes graves. Assim, use-a apenas
para se divertir evitando usar o cerol, mesmo que alguém lhe dê o preparado.
- Batata
quente: os participantes sentam-se em círculo e uma pessoa fica de fora. Vão
passando uma bola, bem rápido, de mão em mão e o que está de fora, de costas
para o grupo, grita “batata quente, quente, quente, ..., queimou!”. Quem
estiver com a bola quando o colega disser ‘queimou’, é eliminado da
brincadeira. O vencedor será aquele que não for eliminado.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Graduada em Pedagogia
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